“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna”. (João, 3:16)
Ninguém conseguiria manter a ordem sem a justiça, mas ninguém constrói a paz sem amor.
Não se negará merecimento à colônia penal, que reúne os doentes de espírito, como não se recusa apreço ao hospital, que congrega os doentes do corpo; mas assim como na instituição de saúde somente o desvelo do amor é capaz de assegurar o preciso êxito às instruções da medicina, nos estabelecimentos de regeneração apenas o trabalho do amor garante a recuperação da lei que traça disposições para o equilíbrio social.
Muitos falarão de esforço corretivo perante os erros do mundo; não lhes desconsiderarás as razões, quando justas, todavia, precedendo quaisquer medidas de coerção, referir-te-ás ao amor que restaura.
Muitos apontarão os perigos resultantes das deficiências do próximo; não lhes desrespeitarás a argumentação, quando sincera, mas antes de tudo, providenciarás a obtenção de remédio que as reduza.
Assim deve ser, de vez que, por enquanto, na Terra, para legiões de acusadores, diante das vítimas do mal, existem raros advogados para o socorro do bem.
Ama sempre. E quando estiveres a ponto de descrer do poder do amor, lembra-te do Cristo. O Senhor sabia que o mundo de seu tempo estava repleto de espíritos endividados perante a Lei; que Ele não poderia invalidar os arestos da Justiça para o reajustamento dos culpados; compreendia que as criaturas hipnotizadas pelo vício não lhe dariam atenção; que deveria contar com a hostilidade daqueles mesmos a quem se propunha beneficiar; permanecia convicto de que o extremo sacrifício lhe seria o coroamento da obra; entretanto, consubstanciando em si mesmo o infinito amor que Deus consagra à Humanidade, veio ao mundo, mesmo assim.
Emmanuel (Do Livro Bênção de Paz – Edição GEEM)