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O que é Deus e quais os seus atributos?

Atualizado: 27 de abr. de 2018


O objetivo deste post é buscar uma compreensão mais abrangente da ideia de Deus. Embora ainda nos seja difícil definir Deus como também provar a sua existência, temos condições de senti-Lo e de intui-Lo em nossa mente e em nossos corações.


Os Bons Espíritos, em várias partes do mundo, responderam à pergunta de Allan Kardec, pergunta número 1 do Livro do Espíritos. Que é Deus? "Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas". Acima de todas as inteligências que existem no Universo, está, portanto, a inteligência Divina, e que Ele criou tudo o que existe: o mundo material, tanto quanto os espíritos encarnados e desencarnados.


No Livro dos Espíritos, questão 10, consta a pergunta "O homem pode compreender a natureza íntima de Deus?" Resposta: Não. Falta-lhe, para tanto, um sentido. Em "A Gênese" há as seguintes referências à natureza Divina: "Não é dado ao homem sondar a natureza íntima de Deus. Para compreendê-lo, ainda nos falta o sentido próprio, que só se adquire por meio da completa depuração do Espírito." (Cap. II, item 8).


A prova da existência de Deus está num axioma: NÃO HÁ EFEITO SEM CAUSA, TUDO QUE NÃO É OBRA DO HOMEM É OBRA DE DEUS. Pergunta 4 do LE. Deus não se mostra, mas se revela pelas Suas obras. A existência de Deus é, pois, uma realidade, comprovada não só pela revelação como pela evidência dos fatos.


Mas se não pode penetrar na essência de Deus, o homem pode, pelo raciocínio, chegar a conhecer-lhe os atributos necessários, porquanto, vendo o que ele absolutamente não pode ser, sem deixar de ser Deus, deduz daí o que ele deve ser.


DEUS É A SUPREMA INTELIGÊNCIA: É limitada a inteligência do homem, pois que não pode fazer, nem compreender, tudo o que existe. A de Deus, abrangendo o infinito, tem que ser infinita. Se a supuséssemos limitada num ponto qualquer, poderíamos conceber outro ser mais inteligente, capaz de compreender e fazer o que o primeiro não faria, e assim por diante, até ao infinito.


DEUS É ETERNO. Isto é, não teve começo e não terá fim. Se tivesse tido princípio, houvera saído do nada. Ora, sendo o nada coisa alguma, coisa nenhuma pode produzir. Ou, então, teria sido criado por outro ser anterior e, nesse caso, este ser é que seria Deus.


DEUS É INFINITAMENTE PERFEITO. É impossível conceber Deus sem o infinito das suas qualidades, sem o que não seria Deus, pois sempre se poderia conceber um ser que possuísse o que lhe faltasse. Para que nenhum ser possa ultrapassá-lo, faz-se mister que ele seja infinito em tudo.

DEUS É IMUTÁVEL. Se estivesse sujeito a mudanças, nenhuma estabilidade teriam as leis que regem o Universo.


DEUS É IMATERIAL. Sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria. De outro modo, não seria imutável, pois estaria sujeito às transformações da matéria.


DEUS É ÚNICO. A unicidade de Deus é consequência do fato de serem infinitas as suas qualidades. Não poderia existir outro Deus.


DEUS É ONIPOTENTE. Ele o é porque é único. Se não dispusesse do soberano poder, algo haveria mais poderoso ou tão poderoso quanto ele, que então não teria feito todas as coisas. As que não houvesse feito, seriam obra de outro deus.


DEUS É SOBERANAMENTE JUSTO E BOM. A soberana bondade implica na soberana justiça, porquanto, se ele procedesse injustamente, ou com parcialidade, numa só circunstância que fosse, ou em relação a uma só de suas criaturas, já não seria soberanamente justo e, em consequência, já não seria soberanamente bom.


"A parte mais importante da revelação do Cristo, no sentido de fonte primária, de pedra angular de toda a sua doutrina, é o ponto de vista inteiramente novo sob que considera Ele a Divindade ... Um Deus clemente, soberanamente justo e bom, cheio de mansidão e misericórdia ... O Pai comum do gênero humano que estende a sua proteção por todos os seus filhos e os chama todos a si ...". Deus foi aos poucos deixando de ser um deus entre muitos deuses. Deixou de ser o Deus de um só povo, o que comandava os exércitos e esmagava seus inimigos. Deixou de ser o Deus imprevisível em suas ações, que a todos castigava. Deixou de ser o Deus que provocava medo e controlava a vida das pessoas. Deixou de ser o Deus de uma Igreja, refém de concepções doutrinárias e dogmáticas.



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