No plano espiritual muito pouco provável, no mundo físico sim, é possível. Vínculo de amor sim, eterno não, pois o animal precisa continuar sua evolução.
Quando falamos de animais precisamos abordar alguns aspectos: alma dos animais, evolução das espécies e do princípio espiritual.
O Livros dos Espíritos nos fala que os animais tem alma, conservam depois da morte sua individualidade, mas não a consciência do seu eu, a vida inteligente permanece em estado latente. Assim, como eles não tem livre-arbítrio como o entendemos, são recebidos por Espíritos incumbidos desta tarefa, classificados e utilizados, quase que imediatamente, não dispondo de tempo para se por em relação com outras criaturas.
Sabemos que os animais ficam poucos meses no plano espiritual, precisando retomar seu processo reencarnatório, evolutivo e, dependendo do sentimento sincero de amor entre aqueles que o tinham em família, esse animalzinho pode retornar no seio daquela família, continuando sua evolução e favorecendo o aprendizado dos sentimentos e das emoções.
Como se dá essa evolução dos animais? A doutrina espírita nos mostra que há dois elementos gerais do Universo: o princípio material, que dá origem a tudo que é matéria no universo, desde a matéria mais etérea a mais densa, e o princípio espiritual que dá origem ao Espírito, e acima de tudo Deus, formando a trindade universal. Ambos os princípios são distintos, mas precisam estar unidos, atuando em conjunto, para evoluir.
O princípio espiritual, que ainda não é um Espírito, individualizado e consciente de si, ao ser criado, vai estagiar nos diversos reinos da natureza para aprender e adquirir o conhecimento, extraindo de cada um deles os subsídios necessários para sua evolução. Reino mineral, agregação da matéria, poder agregador; reino vegetal: a sensibilidade; reino animal, instinto e motilidade e o processo de individualização está mais elaborado e, quando alcança o máximo de aprendizado neste reino, o princípio espiritual sofre um salto evolutivo, uma transformação e vira Espírito, completamente individualizado e com consciência de si. É o reino hominal, continuando sua evolução até chegar ao reino angélico, nossa destinação.
Na pergunta 607, de O Livro dos Espíritos, no Capítulo sobre os três reinos, a espiritualidade nos alerta “Já não dissemos que tudo em a Natureza se encadeia e tende para a unidade? Nesses seres, cuja totalidade estais longe de conhecer, é que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida, conforme acabamos de dizer. É, de certo modo, um trabalho preparatório, como o da germinação, por efeito do qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. Entra então no período da humanização, começando a ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a responsabilidade dos seus atos....”
Por isso é que os animais não podem permanecer eternamente como animais, precisam evoluir como tudo no Universo.