Primavera de Marta - Mensagem do dia 06.12.2022

Por mais surjam inquietações em torno de teus passos, não te deixes apequenar no mundo.

Surgirão arautos anunciando o fim dos tempos, como se a hecatombe final estivesse logo ali, na esquina, patrocinando o pânico e o desequilíbrio. Permanece confiante, avança nos teus desideratos e espalha a concórdia e a alegria em quem te busque nessas horas difíceis.

Boatos dirão da guerra próxima, semeando a incerteza em muitos corações tímidos. És voluntário da paz e tua conduta deve revelar a serenidade de quem espera cada novo amanhecer em júbilo, desdobrando páginas de serviço e otimismo em torno da própria influência.

Te esbordoarão a honra e te lançarão calúnias de difícil reversão nas mentes ingênuas. Confia na integridade que tem caracterizado teus atos e de pensamento fixo N'Ele, socorre os filhos do calvário que te batam à porta em desespero.

Rentearás com pessoas tóxicas e outras intoxicadas pelo pessimismo e azedume. São frustrados do caminho, servos da tolice e da ignorância, a soldo da superstição e da arrogância. Onde surgem, fazem sombra.

Onde tocam, contaminam.

Enfermos da alma, se comprazem em espalhar más notícias, inverdades e pessimismo. Jesus te situará em meio a esse morbo pestífero justamente para reverter esses quadros de alienação e medo, dor e enfermidades do sentimento.

Uma palavra tua despertará alguns. Um gesto comoverá outros mais. Teu silêncio inspirará calma e paciência em meio ao turbilhão das agonias que ora vergastam o dorso da sociedade em crise de valores.

É certo que os tempos preditos nos textos evangélicos estão a se cumprir. Por toda parte a abundância zomba da escassez, o ridículo e o esdrúxulo desfilam na passarela do deboche e da arrogância, a humildade é tachada de covardia, a simplicidade passa a ser descrita como desleixo e as melhores intenções sofrem pesado bombardeio por parte dos agentes das sombras.

Alguns poucos triunfam na ribalta do fastígio temporal, esmagando quem ficou no charco das vicissitudes. A vaidade se veste de púrpura, a arrogância trafega no luxo desmedido e o vício faz-se comportamento comum.

Entretanto, não vieste ser a palmatória do mundo. O alto não te investiu de poderes para condenar ou acusar.

Eles, os equivocados, já são infelizes em demasia para suportarem ainda mais teu flagelo de críticas e doestos.

Ama. Serve. Perdoa. Passa.

Em nome D'Ele, todo amor e misericórdia, aguarda que o tempo de Deus tudo corrige, tudo conserta e tudo situa no lugar.

Eles despertarão do letargo a que se entregaram voluntariamente. Acordarão dos próprios pesadelos. Buscarão ajuda para saírem do torpor a que se renderam para fruição de gozos passageiros.

Se em ti já fulgura a luz da compreensão, faze-te instrumento da harmonia e da bondade divina, corrigindo sem machucar e orientando sem imposição.

Atravessas um tempo de instabilidade e inquietações de vulto, a repercutir em cada alma de maneira diferente. Cada um enxerga o mundo com as lentes que afivelou aos olhos. Enquanto alguns ouvem sinfonias, outros escutam gritos. Uns poucos orando, milhares blasfemando. Lutas por direitos, escassos cumprindo deveres.

Primazia nas filas.

Acúmulo de bens, como se o Armagedom fosse logo após o amanhecer.

Tu, estás informado de que são apenas amigos iludidos. Se permitiram seduzir pelo canto das sereias. Se fizeram adeptos de teorias da conspiração e da revolta sistemática.

Buscarão te atingir.

Temem tua luz.

Invejam tua serenidade.

Pagarás o preço de seres uma borboleta em meio a tantas lagartas em alienação. Eles também serão transformados.

Se os cânticos do Natal já chegaram aos teus tímpanos, se a doce nostalgia do nascimento D'Ele já fizeram festa em teu íntimo, busca espalhar a Boa Nova dessa mensagem divina.

Ele está para nascer.

Volve ao nosso convívio pelo berço de palha.

Renteia com os simples e despossuídos. Dialoga com os ignorantes e brutos.

Ceia na casa dos iníquos.

Ouve os destemperados.

Cura muitos enfermos.

Natal tem que ser festa em tua intimidade. Nascendo por dentro, pouco Importa o turbilhão por fora.

Serás sempre pés e mãos D'Ele, agindo no mundo em nome do Pai todo amor e bondade.

Marta

Salvador, 06.12.2022