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Qual a forma dos Espíritos que encarnam em outros planetas?


Questionamento muito comum entre aqueles que estudam acerca da encarnação nos diversos mundos é no tocante aos corpos físicos dos habitantes de outros planetas, se esses seriam ou não semelhantes aos nossos. Os Espíritos ensinam mudar a constituição física dos habitantes de mundo para mundo, mas a forma corpórea é sempre a mesma do homem terrestre, sendo mais ou menos material segundo o grau de pureza alcançado pela criatura, com menor ou maior embelezamento e perfeição. Há mundos tão evoluídos que o Espírito deixa de revestir corpos materiais, tendo tão somente o perispírito por envoltório, podendo esse se tornar tão etéreo que, para nós, pareceria não existir, sendo esse o estado dos Espíritos puros.


A substância do perispírito não é a mesma em todos os globos, sendo mais ou menos etérea, de modo que o Espírito desencarnado, ao passar de um mundo a outro, revestir-se-á da matéria deste outro, ocorrendo tal mudança na rapidez do relâmpago. O perispírito, segundo a sua evolução, formar-se-á das partículas mais finas e sutis do fluido de cada globo, mostrando-nos, ainda, os amigos espirituais não existir uma linha divisória demarcada a separar o estado correspondente às últimas encarnações e a dos Espíritos puros, apagando-se a diferença paulatinamente, conforme se depuram.


O Espírito Miramez[1], comentando sobre a organização física dos habitantes de outros mundos, destaca acompanhar essa o estado evolutivo dos mundos e o comportamento da matéria de que são constituídos, de modo que, por exemplo, se a alimentação de certo planeta é mais rarefeita, certamente a organização fisiológica será diversa, pois não precisarão de certos órgãos como estômago e intestinos. Se uma civilização enxerga sem usar os olhos, desnecessária a presença desses na organização física, atrofiando-se com o decorrer do tempo para desabrochar outro sentido que a eles se sobrepõem, com maior riqueza de detalhes. Destaca ser a gênese em todos os globos do universo a mesma, mas o tempo e o espaço requerem dela mudanças engenhosas, de modo que dependendo de onde deverá encarnar o Espírito, se em mundos mais ou menos adiantados, adaptações serão feitas, por vezes demorada, até estarem prontos os novos corpos no planeta em que se precisará habitar.


Segundo informações trazidas pela Revista Espírita[2] de março de 1858, ao comentar sobre o planeta Júpiter, ensina terem seus corpos conformação semelhante à terrena, mas são menos materiais, menos densos e têm um peso específico muito pequeno, transportando-se de um a outro lugar de forma tranquila, pois deslizam pela superfície do solo, quase sem fadiga. Além disso, como o corpo é formado de matéria mais depurada, após a morte dissipa-se, sem ser submetido à decomposição pútrida.


Os corpos dos habitantes de Júpiter tem aspecto vaporoso, imaterial e luminoso, especialmente ao redor do rosto e da cabeça, sendo semelhante ao pintado por artistas quando simbolizam a auréola dos santos. O homem é grande, maior que o da Terra, apresentando um desenvolvimento rápido, durando a infância apenas alguns meses. A duração da vida equivale a, aproximadamente, cinco séculos do nosso planeta.


Acerca da forma física do homem em outros planetas, trazemos também informações dos habitantes de Marte, apresentadas em Cartas de uma Morta[3], pelo Espírito Maria João de Deus. Segundo a autora espiritual, referido globo, que seria mais evoluído que a Terra, tem homens mais ou menos semelhantes aos terrícolas, mas apresentando seus organismos diferenças interessantes, pois além dos braços, apresentam ao longo das espáduas ligeiras protuberâncias à semelhança de asas, concedendo aos habitantes faculdades volitivas.


Os habitantes de Marte, segundo informações trazidas no livro Urânia[4], são maiores, mais leves que os terrestres e de origem sextúpede, é dizer, são bípedes, bímanos e bialados, pois têm duas asas. Não há alimentação, dando-se sua nutrição por renovação celular, por meio de respiração similar a das árvores terrestres. Além disso, possuem doze sentidos, permitindo-lhes comunicação direta com o universo.

[1] O LIVRO dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez. Disponível em: <https://bit.ly/2pLxeqe>. Acesso em: 09 out. 2018.


[2] REVISTA Espírita. 1858. Março. Júpiter e alguns outros mundos. Disponível em: < https://bit.ly/2C5iiup>. Acesso em: 09 out. 2018.


[3] XAVIER, Francisco Cândido. Cartas de uma morta. Pelo Espírito Maria João de Deus. [s.l.]: Lake, [2014?]. p. 117-121.


[4] FLAMMARION, Camille. Urânia. [s.l.]: FEB, [1990?]. p. 116.

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